Ginecologista explica se mulheres virgens podem ou não podem usar absorvente interno
Dois brothers participantes da casa mais vigiada do Brasil levantaram uma discussão sobre o uso de absorvente interno por mulheres virgens na tarde desta segunda-feira (11/03). A sister Beatriz lamentou não poder entrar na piscina por estar menstruada e o brother Matteus sugeriu que ela colocasse um absorvente interno. Ela se negou por ainda não ter iniciado sua vida sexual. “Não dá, eu sou virgem. Não dá para botar nada aqui. Nunca foi botado nada”, disse a sister.
Mas afinal, mulheres virgens podem ou não usar absorvente interno? Ele tira a virgindade? Quais as melhores opções para quem ainda não iniciou a vida sexual? Para esclarecer essas questões, conversamos com o ginecologista dr. André Vinícius.
O especialista explica que existe uma membrana de acesso à vagina das mulheres, chamada de hímen, e que ela pode ter formatos diferentes. “O hímen de uma mulher pode ser parcialmente perfurado, um pouco mais amplo. Então, a depender do tipo de membrana que cada menina apresenta, pode sim caber a introdução de um mini absorvente interno”, pontua Vinícius.
Logo, não é uma contraindicação o uso desse objeto pessoal de higiene, mas é importante ficar atento. “Apesar de não ser proibido, também não é uma recomendação. “As mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual, geralmente não são familiarizadas a ficarem introduzindo com cautela e retirando esse absorvente. E o mesmo vale para os coletores menstruais. Apesar de não ser proibido, existe uma chance, por conta do tamanho e da dimensão do objeto, dele causar uma agressão ao hímen”, exclarece o especialista.
Por fim, Vinícius recomenda que essas mulheres dêem preferência à utilização de calcinhas menstruais ou até mesmo os clássicos absorventes externos.
Sobre o Dr. André Vinícius (@dr.andrevinicius):
Formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (PB), e com mais de 10 anos de experiência na área, André Vinícius é Mestre em Ciências da Saúde, especializado em Ginecologia e Endoscopia Ginecológica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE) e pós-graduado em Fisiologia Hormonal. Professor de Ginecologia da Universidade Federal de Campina Grande. Atua com foco em menopausa e na Terapia de Reposição Hormonal, levando uma qualidade de vida maior para mulheres que estão passando por esse período. Ao longo de sua carreira, André ajudou mais de 3 mil alunos no seu curso sobre a Terapia Hormonal e mais de 2 mil alunos em seu curso sobre Endometriose.