Ex-BBB Wagner fala sobre conciliação de conteúdo 18+ e paternidade: Continuo cuidando dos meus filhos
No Dia dos Pais, em 11 de agosto, um tema que ainda é envolto em tabu é o mercado adulto, especialmente as profissões de criador de conteúdo 18+ e acompanhante. Embora essas ocupações estejam ganhando visibilidade, ainda enfrentam preconceitos e são frequentemente associadas a uma visão estereotipada da família.
De acordo com uma pesquisa realizada pela plataforma Fatal Model, que analisou as respostas de 3 mil pessoas, 28% dos acompanhantes homens são pais. A estatística revela uma realidade pouco discutida: muitos profissionais do setor equilibram as vidas profissionais com o papel de pai.
“A sociedade julga dentro de uma visão totalmente equivocada. Profissionais do mercado adulto têm família, filhos, amigos e um emprego para o próprio sustento, como qualquer outra pessoa. O preconceito ainda é latente e pode ser transferido para os filhos”, diz Nina Sag, porta-voz da Fatal Model.
Apesar de trabalhar em um mercado estigmatizado, muitos encontram maneiras de manter uma vida familiar estável e saudável. É o caso de Wagner Santiago, ex-BBB e criador de conteúdo 18+: “Na vida pessoal, continuo realizando trabalhos de publicidade dentro e fora do nicho adulto, cuidando dos meus filhos e da minha casa", conta o embaixador da Fatal Model.
O acompanhante Ton Fernandes, pai de três meninos, também afirma que o emprego nunca foi um problema em relações familiares: “Vejo que meus filhos me olham como um exemplo em saúde e trabalho. Eles fazem questão que eu vá às reuniões escolares para me apresentar para professores e amigos”.
No entanto, Ton relata que equilibrar a vida profissional com a paternidade ainda é um desafio: “No mundo de acompanhante, a gente acaba perdendo muito tempo com agendamento, atendimento e redes sociais. É algo que precisamos correr atrás”.
Para Nina Sag, à medida que mais homens encontram espaço para expressar a sexualidade no mercado adulto, há um impacto cultural e social significativo: “Isso não apenas desafia normas estabelecidas, mas também promove uma discussão mais ampla sobre identidade de gênero e liberdade sexual”.